quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os doze passos de Alcoólicos Anônimos

Hoje o post é dedicado à luta contra a falta de conhecimento em relação aos programas de auxílio ao vício. Programas como o Alcoólicos Anônimos possuem passos de auto conhecimento, admissão da realidade, resgate de fé espiritual entre outros objetivos. Assim como o Narcóticos Anônimos, o Alcoólicos Anônimos possui doze ideias de renovação de força que são seguidas por quem frequenta suas reuniões. Esses passos também se encontram no livro De Mendigo a Milionário, que contém biografia de Paulo Roberto de Souza, jovem que conheceu a bebida alcoólica quando ainda criança.

Primeiro Passo:
Admitimos que éramos impotentes perante o álcool – que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.

Segundo Passo:
Viemos a acreditar que um poder superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade.

Terceiro Passo:
Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos.

Quarto Passo:
Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.

Quinto Passo:
Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante o outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.

Sexto Passo:
Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

Sétimo Passo:
Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.

Oitavo Passo:
Fizemos uma relação de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.

Nono Passo:
Fizemos reparações diretas dons danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-las significasse prejudica-las ou a outrem.

Décimo Passo:
Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

Décimo Primeiro Passo:
Procuramos, através da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que o concebemos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós e forças para realizar essa vontade.

Décimo Segundo Passo:
Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes passos, procuramos transmitir esta mensagem aos alcoólicos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A Infância e o Primeiro Gole


"Lembro-me como se fosse hoje do dia 29 de julho de 1970, dia do meu aniversário...

"...Estava completando nove anos. O frio era cortante, as tábuas de bater roupas amanheceram iguais a blocos de gelo. Os campos estavam branquinhos devido à forte geada que assolava o estado naquela manhã cinzenta de inverno. O Brasil tinha conquistado a terceira copa do mundo e vivíamos uma enorme ressaca de orgulho nacional.
Morávamos em Londrina, norte do Paraná. A Londrina que lembro era a das charretes, dos homens que usavam chapéus Panamá, calças de linho e fumavam charutos cubanos. E muitas crianças usavam aquelas botinhas ortopédicas. Naquele dia, quando os galos começaram a cantar, meu querido avô acordou meu pai e juntos, começaram os preparativos para a festa do caçula da família do meu avô, um próspero latifundiário do café. O Brasil era o maior produtor mundial de café e Londrina era a capital brasileira desta produção. A fartura corria solta e qualquer data especial era motivo para festa. Escutei quando meu avô falou:
- Zé, temos que matar o Lolinho! Prepare o fogão à lenha.
Eu não acreditei. Lolinho era um porquinho de estimação que eu havia ganhado no meu último aniversário, e que tinha se tornado um robusto porco de raça landrace. Foi quando meu pai disse:
Sogrão, temos que levar o Paulinho para casa do compadre Jabur, senão vai ficar muito magoado. Ele é muito apegado ao bichinho.
Não me contive. Abri o berreiro. Acordei a todos e, principalmente, a minha querida avó materna, impedindo assim que o Lolinho fosse sacrificado em prol do meu aniversário. Mesmo assim, colocaram-me numa charrete e me levaram para casa do meu padrinho, que ficava no centro da cidade, na Rua Mato Grosso. Porém, antes de eu partir, ficou combinado que não iriam sacrificar o bichinho. Fui mais tranquilo. Passei o dia todo pensando na possibilidade de sacrificarem o Lolinho. À tardinha quando voltamos ao casarão, a festa estava acontecendo mesmo sem a minha presença e todos os meus parentes, sem exceção, e também os empregos estavam altos. Fui correndo até a pocilga conferir e vi que o meu porquinho estava vivinho da silva. A alegria voltou a estampar aquele rosto de menino que sofreu uma tarde inteira, antecipadamente, pensando na hipótese do coitadinho do porquinho ter ido para a fita.
Quando entrei no salão de festas, o meu tio caçula me ofereceu um copo de vinho. A princípio, relutei, mas ouvi vários conselhos do tipo:
- Bebe Paulinho, hoje é seu aniversário. Você é o dono da festa...
- Você não é homem? Então, para não decepcionar a todos, virei o copo de vinho de uma só vez, comprovando a minha masculinidade. Este foi o meu primeiro gole e meu primeiro porre, ainda criança – e não seria o último..."

Este é mais um fragmento da história de Paulo Roberto de Souza. Este e mais capítulos você encontra na obra intitulada De Mendigo a Milionário. Para comprar entre em contato pelo blog ou compre clicando no link ao lado no blog.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Reportagem sobre o Resgate Social/Migração é destaque em concurso na Alemanha

A reportagem intitulada “Resgate de Vida”, que aborda o trabalho realizado pelo Departamento de Resgate Social de Balneário Camboriu conquistou o terceiro lugar no Concurso realizado pela empresa de comunicação alemã Deutsche Welle em parceria com a Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU). A reportagem foi desenvolvida pela acadêmica de Jornalismo da Universidade do Vale do Itajaí- Univali, Michela Zamin, orientada pela professora Valquíria Michela John.

O tema do Concurso foi sobre Direitos Humanos no Brasil e recebeu trabalhos de estudantes universitários de todo o pais. A reportagem retratou o trabalho realizado pelo Resgate Social, sob a direção de Paulo Roberto Pedreira de Souza, com moradores de rua, trabalho este que vem sendo desenvolvido desde 1998, na época chamado de “Migração”. O serviço realiza abordagem, orientação e encaminhamento destas pessoas à Casa de Passagem, fundada em 2008 pela Prefeitura do Município. Neste local, o abordado recebe higiene, alimentação adequada e repouso. Após seu restabelecimento, este é encaminhado à cidade de origem, casas de reabilitação ou empresas parceiras que ofertam emprego.

A ronda é realizada todos os dias nas ruas do município, e conta com equipes de motorista e dois fiscais, dividida em turnos. A reportagem procurou mostrar que é possível realizar um trabalho humanizado e que visa a ressocialização de pessoas que, muitas vezes entregues ao álcool, drogas e falta de direcionamento na vida acabam por parar nas ruas.

O resultado do concurso pode ser conferido no site da Deutsche Welle em: http://www.dw-world.de/dw/0,,100010,00.html


Mais informações: Paulo Roberto de Souza (diretor do Resgate Social/Migração), pelo telefone (47) 3363- 2745, plantão Migração (47) 8839-7075.

Release de Michela Zamin, acadêmica do curso de Jornalismo, da Universidade do Vale do Itajaí - Univali.