sábado, 25 de fevereiro de 2012

Resgate Social de BC entrega equipamentos de proteção em Luis Alves


O departamento de Resgate Social de Balneário Camboriú entregou na última semana equipamentos de proteção individual para a empreiteira de Mão de Obra Maninho, em Luis Alves. Os equipamentos, contendo sapatos, macacão de lona, luvas, capacetes e capas de chuva, foram doados pelo Órgão de Gestão de Mão de Obra do Trabalho Portuário Avulso do Porto de Itajaí (OGMO). Também foram doados colchões e cobertores.
O material, antes de ser entregue no município, passou por processo de restauração na Casa de Passagem do Migrante, feito pelos migrantes acolhidos.  Tudo o que foi dado faz parte dos equipamentos de proteção individual necessária à prevenção de riscos, para que assegure a saúde física do trabalhador durante seus afazeres diários.
A Empreiteira de Mão de Obra Maninho auxilia e emprega pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente moradores de rua e dependentes químicos. Venildo Cardoso Ferreira, vulgo Maninho, principal nome do projeto, agradece ao município de Balneário Camboriú que através do departamento de Resgate Social fez a distribuição dos equipamentos. Diz ser de grande importância para a empreiteira, já que prezam pela segurança e melhor desempenho do trabalho.
Paulo Roberto de Souza, diretor do Resgate Social, acredita ser positiva a parceria com a OGMO, que já vem acontecendo desde 2010. “Nosso trabalho é repassar o material para as entidades que mais necessitam desse tipo de equipamento. Só temos a agradecer ao Maninho pelo esforço em resgatar pessoas envolvidas com todos os tipos de drogadição”, ressaltou Paulo Roberto.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Um samba enredo aqui, um revolver apontado ali


"...Na União da Ilha, como membro fundador, fui convidado a ser candidato a presidente. A escola estava quebrada, sem diretoria, sem sede, sem instrumentos e sem batuqueiros. Na campanha à presidência da Escola, eu prometia dar jeito em tudo, instrumentos, fantasias, apitador, sede para ensaios; também tive que concorrer contra três chapas e, em um acordo de última hora com os integrantes da velha-guarda de outros carnavais da Ilha, surpreendi e fui eleito por uma esmagadora maioria. Na minha gestão, inaugurei um novo método de administração, parti para parcerias, o que na época era tido como temerário, e embarquei para o Rio de Janeiro em busca de apoio e patrocínio.
No Rio, entrei em contato com a Diretoria da legítima União da Ilha e fui ajudado pelo carnavalesco da escola que me cedeu quatro caixas de papelão (usadas para embalar geladeiras) cheias de fantasias usadas que, para nós, se tornaram o luxo. Durante uma reunião da associação dos moradores, conheci um deputado federal que, em pouca conversa, se colocou à disposição da escola e, precisamente, dos instrumentos.
A diretoria ficou empolgada e eu, aproveitando esse momento, fiz uma reunião com os candidatos derrotados, aos quais pedi apoio. Eles abraçaram a nossa causa, que era surpreender a cidade com o maior número de integrantes, maior bateria, melhor rainha... Tudo teria que ser melhor. Na verdade, eu estava vendendo ilusões para aquelas pessoas e também tinha medo de não dar certo.
Com minha exposição, a Chamber Junior International, me convocou para ser um dos fundadores da Câmara Junior, que era uma entidade internacional que dava cursos de normas parlamentares para as novas lideranças; com o meu envolvimento nessas frentes, logo me filiaram a um partido político (meu ego estava a mil), o PL.
Com a chegada dos instrumentos, nós começamos a dar início aos ensaios em um campo à beira mar, onde havia a sede de um clube de futebol que nos foi concedido em regime de comodato. Os ensaios começaram a pegar fogo, e a imprensa começou a participar. Logo fomos parar no noticiário regional através de uma afiliada da Rede Globo. Em um animado ensaio, fomos contatados pelo presidente da federação das escolas de samba do estado, pedindo que três ou quatro carros alegóricos fossem reservados para a tal federação. Inclusive, quem viria desfilar era a Miss Paraná, outras beldades e uns travestis famosos da capital e, eles pagariam a conta. Nada mal!
Os moradores da Ilha dos Valadares tinham que fazer a travessia de barco para a cidade. Eu via o sofrimento dos trabalhadores que eram forçados a fazer essa travessia de lancha ou de bateira. Existia um antigo sonho de se construir uma ponte que ligaria a Ilha ao continente. Em um concurso de samba enredo, fui um dos autores da letra que versava sobre o tema, que dizia assim:

O sonho se tornou realidade:

O sonho se tornou realidade, será que agora eu serei feliz...
Será que os Valadares reinará num mar de rosas e felicidades...?
Se a vida será melhor com a ponte...? só o futuro dirá!
Pescador joga a rede no mar... é carnaval, vamos todos sambar!
E olha eu, olha eu aqui de novo, me uno ao povo no batuque da “União”
Será oh! Será! Que a liberdade acabará!
Borboleta, fauna e flora
Manguezais e riquezas mil!
Tudo é ecologia, é patrimônio do Brasil
Vamos lá minha gente... o sonho se tornou realidade...

Gravamos o samba enredo numa fita cassete e mandamos para as emissoras de rádio, que passaram a executar todas as letras de todas as escolas. Era um carnaval concorrido. A Prefeitura liberou um enorme galpão na cidade para a construção dos carros e das alegorias. Conseguimos aprontar doze carros em tempo recorde. A Escola cresceu por si própria. Em pouco tempo, tornou-se grande e eu era o presidente e era um louco. Não sabia que era doente alcoólico, mas, apesar de tudo, as coisas estavam dando certo.
Todas as noites, eu e a diretoria fazíamos um esquenta[1] na Rosa dos Ventos e, depois, seguíamos para o ensaio, eu, os seguranças e a “tropa de choque.” Atravessávamos a Ilha toda a pé, até chegar ao local e, quando chegávamos, o apitador parava o ensaio e anunciava a minha presença e dos meus convidados daquela noite. Com a minha chegada (eu me sentia muito orgulhoso e pegava na mão de quase todo mundo, conhecidos ou não, e pedia apoio) era providenciada a bebida da bateria. Muitas vezes, a bebida era patrocinada por mim e, outras vezes, pelos seguranças que, na verdade, eram estivadores e trabalhavam comigo, mas não ganhavam nada. Pelo contrario, investiam em mim, cuidavam da minha imagem. Eram camaradas das horas boas e ruins. Eles eram o meu staff.
No dia do ensaio geral dei uma entrevista pra tevê desafiando qualquer escola a apresentar um carnaval mais bonito que o nosso. Eu estava com bala na agulha[2] e provocando as outras escolas, porque entendia que carnaval era rivalidade. Usei o espaço que a mídia estava nos dando naquele momento único, em rede estadual, para dizer que a escola de samba estava vindo para a avenida para sangrar-se campeã.
E lá fomos para a avenida, no sábado à noite. Eu morava na Ilha, mas o desfile de Carnaval era no continente. De tão petulante que eu estava, resolvi alugar um enorme quarto de um hotel, bem perto da avenida, para ficar a sós com o meu “staff” e saber das últimas novidades de outras escolas, como que eles também queriam saber das nossas! Nossa escola foi a penúltima a entrar na avenida, onde fomos recebidos pelo Rei Momo que, num particular, me confidenciou que nossa escola era provavelmente a campeã, pois as outras estavam fraquinhas. Na verdade, ele estava me dando aquele último gás.
Com a forcinha do Rei Momo, a euforia tomou conta de mim. De tanta alegria, comecei a beber descontroladamente. Quando chegamos próximos ao palanque das autoridades, meus seguranças me passaram um lenço dobrado, com cocaína dentro. Eu fingia que ia assoar o nariz e cheirava o pó. Depois, enxugava o suor e devolvia o lenço para ser trocado por outro “preparado.”
Defronte ao palanque do prefeito, com a cara cheia de manguaça e com a cabeça trincada pelo pó, dei uma entrevista ao vivo,em rede estadual agradecendo a todos, que confiaram na minha venda de ilusões, porque a partir daí fui ter noção que o carnaval é uma indústria sem chaminé.
Minha mãe, de casa, me assistiu ao vivo pela rede de televisão estadual. Disse-me dias depois que eu estaria fazendo apologia ao Satanás (segundo ela). A Liga das escolas de samba nos entregou o regulamento. Entre as cláusulas, uma dizia que travesti não poderia sair na comissão de frente e, justamente, a maior escola infringira o regulamento. Como a nossa escola era a segunda maior, fui instigado pelos outros presidentes a entrar com uma representação contra essa escola e entrei...
No dia da apuração do resultado, o presidente dessa escola, estava na porta do ginásio me esperando, armado com um revólver calibre 32. Meus seguranças já estavam lá dentro me aguardando.Tinha ido sozinho comprar pipocas,na entrada,fui abordado pelo tal presidente que me disse: - Ou você tira essa representação contra a minha escola ou eu te mato.
           Adivinhem o que eu fiz?..." 

Querem saber o que Paulo fez???? Comprem o livro De Mendigo a milionário, entrem em contato com a gente em nosso blog, ou pelo facebook. Indicaremos a melhor forma de adquirir seu exemplar do livro. Não percam tempo, já já está saindo o Diário de Bordo da Kombi, baseado em acontecimentos durante os plantões e rondas do Resgate Social de Balneário Camboriú

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Secretaria de Assistência Social de Brusque visita Resgate Social de BC


Representantes dos Centros de Referência e Assistência Social (CRAS/CREAS), da Secretaria de Assistência Social de Brusque visitaram o departamento de Resgate Social, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social de Balneário Camboriú nesta última quarta-feira, dia 15.
O motivo da vinda da equipe para Balneário Camboriú foi a intenção em conhecer o trabalho, que já se tornou referência em outros municípios, desde as formas humanitárias de abordagem até o encaminhamento de dependentes químicos e alcoólicos aos centros de recuperação. Também tencionam ver como são feitas as reinserções dos moradores de rua no mercado de trabalho.
A coordenadora do CREAS, Edileuza Pavesi pretende desenvolver um trabalho semelhante em Brusque, que ainda não existe.  Não com essa amplitude que tem o Resgate Social em Balneário Camboriú, que aborda, resgata e encaminha pessoas em situação de vulnerabilidade social para tratamento, e os motiva a retornar ao convívio social através do trabalho.
Paulo Roberto de Souza, diretor do Resgate Social, acredita que esta visita assim como as anteriores é resultado de um trabalho social realizado pela prefeitura de Balneário Camboriú.  “Para nós é uma satisfação poder colaborar com a cidade de Brusque, como com os demais municípios, principalmente em um trabalho que busca pela reinserção de pessoas em situação de rua”, enfatizou Paulo Roberto. 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Camboriú usa Resgate Social de Balneário Camboriú como exemplo para projeto


Representantes da Igreja Evangélica Ministério dos Atalaias, de Camboriú,  visitaram neste último dia 10 o departamento de Resgate Social da Prefeitura de Balneário Camboriú, a fim de conhecer o trabalho que é desenvolvido dentro do município. O objetivo da igreja é trazer o projeto de acolhimento a dependentes químicos, alcoólicos e moradores de rua para a cidade, ideia já posta em prática pelo Resgate Social de BC desde 2009.
O encontro com os representantes aconteceu na Casa de Passagem do Migrante, localizada no bairro Várzea do Ranchinho, próximo a BR-101. Na Casa são ofertados aos moradores de rua os benefícios do banho, refeições, roupas e pouso temporários, bem como a ajuda a quem deseja reinserir-se no mercado de trabalho.
Paulo Roberto de Souza, diretor do Resgate Social de Balneário Camboriú, acredita que o encontro tenha sido muito positivo, reafirmando o trabalho bem feito de sua equipe, incentivando também o trabalho social em outros municípios da região. “Para nós que trabalhamos nas ruas e conhecemos a realidade destas pessoas, a criação desse albergue servirá também de apoio ao nosso trabalho, e sendo assim nos comprometeremos em encaminhas doações excedentes ao futuro albergue, além de repassar todo o conhecimento necessário para o sucesso do programa”, finaliza Paulo.
Nesta semana, departamento de Resgate Social receberá a visita de integrantes do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Brusque. O município também vem em busca do mesmo objetivo, conhecimento e passos iniciais para a implantação de um serviço semelhante ao que já ocorre em Balneário Camboriú.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

De Mendigo a Milionário no cinema: assinatura de contrato para produção de roteiro



A conturbada história de Paulo Roberto de Souza escrita no seu livro autobiográfico “De Mendigo a Milionário”, está a um passo de ir parar nas telonas, tanto do cinema quanto da televisão. O livro, que será roteirizado pela chilena Milka Plaza, conta a história de um homem nascido numa abastada família de produtores de café no norte do Paraná, consumido pela dependência do álcool.

Na última sexta feira, três de fevereiro, foi realizada em Balneário Camboriú a reunião para assinatura do contrato com a roteirista Milka Plaza e também com o ator e diretor do “Curtas Catarinenses”, Julião Goulart, para a produção do roteiro cinematográfico de adaptação do livro autobiográfico de Paulo, “De Mendigo a Milionário”.

A produção cinematográfica contará em detalhes a incrível história de superação de um homem com dependência alcoólica desde sua infância, exposto à derrocada do império cafeicultor de sua família. O filme apresentará cenas fortes e detalhadas, que mexerão com o emocional do público, a ponto de polemizar a sociedade mundial na luta contra o alcoolismo.

“Agora Santa Catarina terá um filme para representá-la em grandes festivais Internacionais de Cinema. Fazer um filme fora do eixo Rio/São Paulo é muito difícil, porém não é impossível”, é o que diz Paulo Roberto de Souza, empolgado com o andamento positivo das produções.




Michely Looz
Assessoria em comunicação para mídias


Texto baseado em release da Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú