sábado, 28 de abril de 2012

Folhetim 7 - O Mendigo e a Psicóloga


"...Todos sequencialmente se apresentaram, foi quando chegou a vez do especialista em projetos:
--Boa tarde a todos. Meu nome é Hildebrando Munhoz da rocha...
Quando ele terminou de proferir seu nome, ela teve certeza: ela o havia atendido no hospital em que trabalhou no interior. Ele nem de longe se lembrava dela, pois Isa havia envelhecido bastante devido às responsabilidades múltiplas com a casa, os filhos e o emprego. Terminada a reunião, ela dirigiu-se calmamente até ele e perguntou:
-- Você se lembra de mim?
Ele a olhou e respondeu:
-- Realmente, você não me é estranha.
Ela perguntou se ele havia morado na cidade em que ela havia trabalhado. Ele confirmou. Como estavam numa reunião corporativa, apenas trocaram cartões, mas assim que ela saiu do hospital seu celular tocou e reconheceu o número do cartão de Hildebrando. Trocaram apenas algumas palavras e marcaram um encontro para daqui duas horas, assim ela teria tempo pra arrumar uma colega que cuidasse de seus filhos. No horário combinado, ela o avistou sentado numa das confortáveis cadeiras do Café & Bar que ela havia escolhido. Ao trocarem os cumprimentos, ela foi logo ao assunto:
-- E aí, se lembrou de mim?
-- Me lembrei! Você era aquela linda psicóloga do Hospital e Maternidade Santa Casa de Misericórdia, certo? Bem, naquela época eu bebia muito e estava passando por maus bocados, cheguei àquele hospital em situação de rua, mas graças a Deus tudo passou. Não bebo há muitas 24 horas e trabalho na área de projetos há dois anos, ninguém sabe dessa minha fase negra. Marisa, peço que você não comente nada com ninguém pro aqui.
Após escutar tudo calmamente, Isa virou para ele e comentou:
-- Então você confessa que era mesmo aquele homem que estou pensando? Você se lembra do que fez naquele dia?
Marisa estava jogando verde para colher maduro. Ele, olhando-a com uma cara de sedutor de terceira categoria, disse:
-- Sim, me lembro muito bem agora. É sobre a calcinha, né?
Ela afirmou que sim com a cabeça. Sem saber muito bem por onde começar, ela inicou:
--Rapaz, a “insanidade” que você cometeu naquele dia, o furto da calcinha, a rosa e o bilhete, custaram a minha separação.
Ele pegou um petisco, levou à boca e, olhando nos olhos dela, disse:
--Marisa, você se separou porque assim tinha de ser. Não coloque a culpa em terceiros. E outra coisa: se eu não fosse o causador, teria outro em meu lugar. E uma última coisa: você é psicóloga e pode me ajudar, será que aquele fetiche de cheirar calcinha usada provém de algum distúrbio? Me ajude, doutora.
Hildebrando a olhava com cara de sedutor. Ela respondeu-lhe:
Isso é uma pouca vergonha. São defeitos de caráter que você mesmo tem que corrigir.
Ao que ele disse:
-- Mas como, Isa. Será que a psicologia moderna não explica nada sobre esse fetiche? - E, carinhosamente, pegou em sua mão.
Não tinha como negar, o cara era inteligente, sabia como ninguém enquadrar direitinho uma mulher. Usando bem sua malemolência, enquadrou a psicóloga juntos seguiram para o luxuoso apart hotel onde estava morando. No trajeto deram muitas risadas e ele contou a Isa sobre a briga com Joca dentro da lixeira por causa da calcinha.
E, por causa da tal calcinha, da rosinha e do bilhete, eles estão juntos até hoje. Joca faleceu, vítima do alcoolismo, Carlos Antônio continua firme com a mulher e será papai novamente, e Hildebrando é um novo homem. Um homem que está a caminho da felicidade, dentro de sua sobriedade. A fase de mendigo foi um período negro de sua vida, confessado sempre no grupo de autoajuda que frequenta, lugar este que ele visita periodicamente para jamais voltar a beber novamente e passar por situações tão lastimáveis como a de ter sido morador de rua, devido ao uso abusivo de álcool."

Este é um fragmento do Diário de Bordo da Kombi, livro de Paulo Roberto de Souza que será lançado em breve.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Folhetim 6 - O Mendigo e a Psicóloga


"-- Doutora, a senhora é bonita assim mesmo ou fez cursinho?
Fazia muito tempo que ela não ganhava flores de alguém. O relacionamento com o marido Carlos Antônio já estava azedando. Estavam casados há duas décadas, se suportando pela manutenção da família. Isa sem maldade pôs a rosinha junto ao bilhetinho amassado dentro da bolsa. Pretendia dar a florzinha a sua filhinha Adriana, apelidada carinhosamente de Drica. Exatamente às 18 horas, desceu a rampa do hospital e embarcou em seu carro, sem o compromisso de ir à academia naquele dia. Como de costume, passou no supermercado do bairro, comprou frutas e verduras e seguiu tranquilamente para casa. Quando saía do banho, seu celular toca. Pegou-o da bolsa, deixando-a com o zíper aberto, e seguiu para a cozinha. Carlos Antônio, ao sair do banho passou pela sala, viu a bolsa da esposa aberta com uma rosa junto a um bilhete.
Leu e releu, e imediatamente chamou-a a sala, pedindo satisfações pela aparente intimidade com o autor do bilhete. Ela explicou ao marido que havia sido entregue por um mendigo na recepção, que não era sua culpa. Continuou:
-- E outra coisa, é um paciente alcoólatra, morador de rua. Jamais trocaria você por uma pessoa dessas, pensa bem Carlos.
Carlos Antônio não quis estender a discussão, sabia que tinha um mulherão ao lado e nem de longe pensava em perdê-la. Já haviam se separado por ciúme bobo e agora viviam mais em função dos filhos. Pela manhã, Marisa saiu rumo ao trabalho e no meio do caminho o carro pifou, para não chegar atrasada pediu uma carona ao marido. Dez minutos depois, Carlos Antônio a pegou no local combinado e seguiram até o hospital. Durante o percurso os dois não conversaram e Carlos parecia não estar muito legal. O sinal do semáforo fechou e, de dentro do carro, Isa viu Hildebrando sentado no cantinho da calçada com um litro de pinga ao lado, levando constantemente próximo ao nariz a calcinha vermelha com bolinhas brancas. A calcinha que Carlos havia lhe dado no último dia dos namorados.
Ela levou a mão à boca, mas não pode conter os ruídos de espanto. Carlos notou o gesto da mulher e quebrou o gelo do percurso com extrema insatisfação:
-- É esse o mendigo da rosinha e do bilhete? – olhando bem para a calcinha na mão do bêbado, voltou-se novamente na direção da esposa – O que mais tem nessa história, porra?
Ela pediu calmamente:
-- Por favor, me deixe trabalhar em paz, Carlos. Sou psicóloga, tente me entender. Tenho que estar bem para atender os pacientes. Conversaremos a noite.
Carlos Antônio não fez o trajeto habitual. Desconfiado, voltou para casa a fim de vasculhar as gavetas do guarda-roupa para ver se a calcinha vermelha com bolinhas brancas estava dentro. A noite chegou e o pau fechou. Carlos pôs-se a falar da desconfiança em relação aos médicos bonitões do hospital, e em seguida perguntou sobre a calcinha que havia dado a ela.
-- Cadê a calcinha que lhe dei no dia dos namorados?
Marisa ficou com uma única saída: relatar ao marido sobre o caso de emergência no quarto 104, no qual atendeu Seu Davi, falando também que havia sido neste mesmo dia que perdeu a calcinha. Havia confirmado somente hoje pela manhã na ida para o trabalho, que havia sido furtada pelo infeliz do Hildebrando. Tentou explicar tudo a um Carlos enfurecido. Carlos, depois de toda a tentativa da esposa, disse:
-- Vou ao bar. Na volta, a gente conversa.
Quando voltou, notou que ela havia pegado seu carro e as crianças, e deixado um bilhete em cima da mesa, antes de ir para a casa dos pais. No bilhete, a seguinte frase: “Carlos, por favor, não me procure mais. Não suporto mais ser acusada de coisas que não fiz.”.
Para encurtar a história, acabaram se separando e hoje Carlos está casado novamente com uma ex-empregada doméstica, com quem ele já mantinha um romance paralelo desde que havia começado a trabalha em outra cidade. Os anos se passaram e Marisa se dedicava unicamente aos dois filhos, quando lhe convidaram para trabalhar em um novo hospital, numa cidade com quase 600 mil habitantes. Ela aceitou prontamente. Quase seis meses passados desde a inauguração do hospital, o diretor comunicou à equipe técnica sobre a vinda de um especialista em projetos para captação de verbas junto ao Governo Federal. Foi marcada uma reunião com a equipe e o tal especialista.
Quando todos sentaram à mesa, Marisa olhou fixamente para o especialista e reconheceu vagamente seus traços, porém sem lembrar nitidamente sobre quem seria o cidadão. O diretor do hospital pediu a todos que fizessem uma auto-apresentação. Todos sequencialmente se apresentaram, foi quando chegou a vez do especialista em projetos:
-- Boa tarde a todos. Meu nome é..."

sábado, 21 de abril de 2012

Resgate Social realiza cerca de 500 atendimentos no primeiro trimestre do ano


A Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social divulgou no fim de semana o relatório do Resgate Social, revelando que o número de atendimentos, só no primeiro trimestre do ano chegou a 480. Janeiro consta como o maior índice, apontando 182 casos. Das 480, 300 pessoas foram encaminhadas para a Casa do Migrante e outras 40 seguiram para centros de recuperação.
Paulo Roberto, diretor do Resgate Social revela também que ao longo do trimestre foram doadas 200 passagens rodoviárias às pessoas resgatadas, para que retornassem às cidades de origem. Também foi possível notar o aumento de registro de surtos psicóticos. Paulo ainda ressalta que a maioria dos atendimentos sucessivos a transtornos são de pessoas de classe média.
Segundo o diretor, a maioria das pessoas com transtornos, após atendimento imediato, é encaminhada para o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS), onde os profissionais capacitados iniciam levantamento sensato, a fim de iniciar o tratamento adequado a cada caso.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Folhetim 5 - O Mendigo e a Psicóloga

"...Lá embaixo, um táxi estacionava em frente ao hospital. Ele aproveitou-se da situação e, assim que a passageira desembarcou, entrou no tá"xi e disse estar saindo àquela hora do hospital, pediu uma carona até o asfalto, pois a rampa estava lisa. Enquanto contava a história mostrava a perna machucada. Desembarcou no asfalto e seguiu direto para a lixeira do prédio. Chegando lá teve uma surpresa: o Joca, seu companheiro de “inteira” na birita já estava ocupando o espaço. Não acreditou, deu dois cutucões no pé do Joca, que num espanto, se levantou resmungando. Hildebrando o mandou embora. Joca tinha uma garrafa de cachaça e ofereceu um gole ao antigo parceiro de porre que, pela primeira vez desde que se conheciam, não aceitou. Hildebrando nunca havia rejeitado sequer um gole. Hildebrando queria a lixeira só pra si, pois queria dar um cheiro na calcinha e, através de uma nuance entrar em transe e... E foi o que fez. Em sua mente havia transado com a dona da calcinha, então dormiu “aliviado”. Pode uma coisa dessas?
Marisa, assim que chegou ao hospital, recebeu a encomenda das mãos de sua colega Natali. Ao chegar à sua sala, logo abriu a sacolinha e encontrou dentro a rosinha mirrada e o bilhete bem escrito com letras bastante destacadas no papel desbotado. Leu, releu o bilhete e aí, juntando o quebra-cabeça chegou à conclusão de que Hildebrando tinha sua calcinha usada, já que no bilhete, ele revelada estar com um pedaço da psicóloga. Que ousadia, pensou. Era mais caso em seu ambiente de trabalho, mas este havia extrapolado por invadir sua privacidade. Pensava incrédula, um mendigo furtar a calcinha usada da psicóloga e fugir do hospital?! Essa nem Freud explicaria...
 No dia seguinte Hildebrando foi até o mocó do Joca. Estava louco para tomar umazinha. Chegando, Brando foi logo sendo questionado pelo amigo Joca do por que da expulsão da lixeira na noite anterior. Brando falou que até explicaria, mas antes precisava tomar um gole. E assim foi atendido pelo amigo, ainda meio desconfiado. Depois que Brando tomou uns três goles, criou coragem e confessou ao amigo o que realmente acontecera. Contou tim-tim por tim-tim o desenrolar do furto da calcinha da psicóloga. Depois dos goles, já embriagado e se “achando”, fez uma grande propaganda do cheirinho da peça íntima em questão. A propaganda aguçou o olfato de Joca que já imaginava dar um cheiro também. Assim como Brando, Joca também estava há muito tempo sem mulher.
Continuaram bebendo, porém Joca apenas fingia que acompanhava o amigo nos goles.
 Aquele papo de cheirar calcinha usada havia mexido com sua cabeça, e ele já tinha completado cinquenta anos e nunca tinha tido esse tipo de fetiche. Foi até o fundo do quintal, pegou dois limões do pé e voltou dizendo a Brando que faria uma caipira para os dois. Fez a de Hildebrando bem forte e com bastante açúcar, e a dele fez com água mesmo. Joca era safado e mentiroso. Após duas de conversa, Brando esta com os olhos turvos e sentindo vontade de ir embora, a fim de dormir novamente. Joca se ofereceu para levar o amigo até a lixeira. Chegando ali, Brando se lembrou de mostrar sua última conquista ao amigo, a calcinha da psicóloga. Tirou-a da sacolinha, deu uma cheirada e passou próximo ao nariz de Joca, que simplesmente adorou.
Fazia muito tempo que ele não sentia aquele cheiro e queria emprestada para levar a seu mocó. Brando achou aquilo uma ofensa, uma falta de respeito e tocou o amigo da lixeira mais uma vez, que implorou pelos anos de amizade. Vendo que não conseguiria o objeto de prazer de Hildebrando, Joca gritou da rua:
-- Seu filho da puta. Vê se não aparece mais no meu “mocó”, interesseiro do cacete!
Dois homens brigando dentro de uma lixeira por causa de uma calcinha usada, soa como ato de gente insana. Mas todo alcoólatra com o tempo, vai se tornando insano. Voltando ao caso da psicóloga Marisa, ela tinha sempre o cuidado de deixar sua mesa organizada para o dia seguinte e, ao pegar a rosinha que estava enroscada no bilhete para jogar no lixo, pensou nas palavras que o mendigo lhe havia dito no dia de sua primeira visita ao quarto 104..."

Este é um fragmento do livro Diário de Bordo da Kombi, que será lançado em breve. 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Roteiro de De Mendigo a Milionário finalizado

Foi entregue na tarde da última terça-feira, dia 10 de abril de 2012, em Balneário Camboriú, o roteiro cinematográfico do filme, “De Mendigo a Milionário”, uma adaptação do livro autobiográfico de Paulo Roberto de Souza. O próximo passo agora será a realização do Casting que definirá os atores que irão interpretar o drama.
A argentina Henilce Boguetti, representante da Trotamundos Films no Brasil, recebeu das mãos da contadora de histórias e roteirista chilena Milka Plaza, o roteiro pronto e adaptado para as telas de cinema. Também estavam presentes no ato de entrega, o Diretor de Cinema e Artista visual Julião Goulart , a escritora e Diretora de eventos internacionais, Berenice Dumbar e Paulo Roberto de Souza, escritor e protagonista da drama. Da selva de Roraima (RR), onde grava cenas de um novo filme, o cineasta e produtor Santiago Ramos da Trotamundos Films de Balneário Camboriú, acompanhou toda a reunião por telefone. “Nossa previsão é que o filme esteja pronto para exibição em junho de 2013”, frisou Ramos.

O inicio das filmagens está prevista para acontecer em meados de junho de 2012, com duração de aproximadamente 12 meses. A produção terá a qualidade Full HD (Full High Definition), ou seja com resolução máxima, para ser exibido em plataforma de mídias ( cinema, TV, programas de celular, etc.). A verba que dará início as filmagens virá do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e Petrobrás

“ Quase não estou nem acreditando”, conta Paulo Roberto de Souza, ao receber o roteiro do filme que resume a trajetória de sua conturbada vida.

A produção cinematográfica, baseada no livro “De Mendigo a Milionário”, contará a incrível história de um homem nascido numa abastada família de produtores de café do norte do Paraná, consumida pela dependência do álcool. Em detalhes mostrará a vida e a história de superação de um homem contra o alcoolismo.
O filme mexerá com o emocional do público, buscando polemizar a sociedade mundial na luta contra o consumo desenfreado do álcool. “Meu desejo, ao decidir levar minha história de vida aos cinemas, é contribuir na luta contra o alcoolismo, mal que destrói milhões de vidas todos os dias no mundo“, ressaltou Paulo Roberto.

(Release oficial P. M. de Balneário Camboriú)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Folhetim 4 - O Mendigo e a Psicóloga


"...Foi quando ele ouviu uma das enfermeiras a despedir-se do que seria seu novo companheiro de quarto:
-- Tchau, Seu Davi. Amanhã às 09h30min da manhã a psicóloga virá ter com o senhor.
No mesmo instante, Hildebrando pensou com seus botões sobre a psicóloga vir ter com ele também. Já passava das 17h30min quando o médico foi chamado às pressas ao quarto 104. Em conversa com o Seu Davi pode perceber que ele não estava psicologicamente bem e pediu para chamar a psicóloga antes que encerrasse seu expediente. Quando a encontraram, estava no fim de um banho pois era dia de frequentar a academia. Uma colega de trabalho abriu a porta do banheiro feminino e disse, em voz alta:
-- Marisa, o doutor disse que precisa de um laudo ainda hoje, do paciente do 104!
-- Ok. Já irei lá, só vou terminar de me vestir. Obrigada amiga.
-- De nada Isa – devolveu a colega.
Isa era o apelido pelo qual era mais conhecida. Isa era estimada pro todos do hospital.
Após vestir-se, finalizar com o jaleco branco, pegou a calcinha usada que estava pendurada no box e pôs no bolso direito do jaleco. Foi ao balcão da enfermaria, pegou sua prancheta e se dirigiu ao quarto 104, a fim de dar o último atendimento do dia, ansiosa por relaxar um pouco da rotina de trabalho e da rotina de casa.
Chegando ao quarto notou que Seu Davi estava surtando e realmente precisava de atendimento psicológico urgente. Enquanto a enfermeira e a psicóloga ajeitavam o paciente, o malandro do Hildebrando notou um pedacinho da calcinha vermelha da psicóloga dentro do bolso do jaleco e, sutilmente, com a ponta dos dedos pegou-a, sem que ela percebesse, e pôs dentro da cueca. Após o atendimento, Isa voltou ao vestiário e, ao tirar seu jaleco percebeu que a calcinha não estava mais no bolso. Voltou ao quarto 104 fazendo o mesmo trajeto anterior na esperança de encontra-la pelo chão, mas foi em vão. Entrou no quarto olhando em cada ponto do chão, nos cantos da maca quando Hildebrando, olhando-a fixamente, perguntou:
-- Perdeu alguma coisa, Doutora?
Ela, sem saber como se safar da questão, respondeu:
-- Não, não perdi nada.
Saiu pelo corredor novamente, em direção ao vestiário, sem encontrar a peça íntima. Pegou sua mochila e, sem querer se atrasar para a aula de “body jump”, desceu a rampa a passos largos.
Hildebrando não acreditava no que tinha acontecido. Seus planos, ao que parece, haviam mudado a partir de então. Até a perna esquerda, antes dolorida, havia-se curado. Ele pôs-se a pensar sobre como ficaria ali, com uma peça íntima usada por uma gata daquelas. Estranho mas verdadeiro, o fato de ela ser psicóloga mexia ainda mais com a mente do mendigo. Então começou a agir. Deu o desodorante e o livro para Seu Davi, colocou uma bermuda, pegou uma camiseta na sacola do enfermo e saiu de fininho pela porta que levava ao jardim.
Desceu calmamente a rampa declinada do hospital e, após chegar ao ponto de ônibus mais próximo sentou-se na mureta para descansar as pernas. Percebeu que ali, próximo ao poste iluminado havia um pequeno pé de rosas, por coincidência eram vermelhas. Não titubeou e colheu a rosinha vermelha. Ao lado do ponto de ônibus havia uma lanchonete, então se dirigiu para lá e, passando o mesmo migué de sempre, conseguiu uma dose de pinga. Tomou sua dose vagarosamente, estava chovendo, pediu um pedaço de papel e caneta e escreveu:
--Isa, foi bom tê-la conhecido, levo um pedacinho de ti. Você é linda. Um beijo do Hildebrando.
Tomou mais um gole do copo de outro cachaceiro conhecido e resolveu subir a rampa molhada do hospital, mas não sem antes pedir duas sacolinhas plásticas: uma para a rosinha com o bilhete e a outra para acondicionar a calcinha num lugar fechado, a fim de que a fragrância não saísse. Lá foi ele, ora andando, ora mancando, ora segurando no muro, mas conseguiu enfim chegar à recepção. Quem estava na recepção no momento era a radiologista Natali, uma gauchinha de Alegrete. Loira, olhos azuis, um escândalo de linda, como dizia Hildebrando. Eles já se conheciam de vista. Entregou a sacolinha e pediu com toda educação que, por gentileza entregasse à psicóloga. E assim foi feito, sem nenhuma objeção. Despediu-se de Natali e se foi. Lá de cima, avistou o prédio abandonado onde pretendia passar a noite. Não dormiria no prédio, mas na lixeira que ainda não havia sido usada.
Lá embaixo, um taxi estacionava em frente ao hospital..."


Este é um fragmento do livro Diário de Bordo da Kombi, livro de Paulo Roberto de Souza. 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Ajude o próximo



mendigo 
s. m.
1. Aquele que pede esmola para viver.
2. Pedinte, indigente.


Mendigo é uma palavra cuja definição pode ser facilmente encontrada no dicionário. Mendigo pode estar no dicionário, mas não precisa continuar nas ruas. O Resgate Social de Balneário Camboriú se preocupa em dar a essas pessoas assistência das mais variadas formas, de acordo com as necessidades. Conhece alguém no município que se encontra em instabilidade social? Contate-nos!

Contato Paulo Roberto de Souza: (47)3363-2745


Fontes: Dicionário Priberam e google banco de imagens

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Folhetim 3 - O Mendigo e a Psicóloga


"...Ao ser questionado pela psicóloga sobre onde morava, foi sincero consigo mesmo pela primeira vez e disse a ela que estava em situação de rua, e que passou dias dormindo numa lixeira. A profissional questionou a fim de saber se era verdade e ele, sem cerimônias contou um pouco de sua vida.
A doutora ficou muito impressionada com sua história. Como poderia um grande mecânico de avião, que já fora empregado em grandes empresas, conhecedor de vários países, poliglota que, com apenas trinta e poucos anos já se encontrava numa situação de mendicidade? Ele não admitiu a ela que era um alcoólatra, mas em partes porque também não sabia. A psicóloga ficou com a pulga atrás da orelha e fez mais uma pergunta:
-- Como pode morar numa lixeira e estar aqui perfumado e com camisa limpinha, lendo um livro?
Olhando para os belos olhos verdes da moça, Hildebrando revelou que ganhara de um paciente que já tinha recebido alta, e que suas roupas velhas estavam guardadas em um saco de lixo dentro do banheiro. Ela foi até a lixeira para constatar a dura realidade do pobre coitado. Ao finalizar seu questionário, comunicou-lhe de que o médico que estava que cuidava de seu caso viria no dia seguinte por volta das 10 da manhã, para conversar com ele sobre quando receberia alta. A psicóloga, ao dirigir-se a porta, desejou-lhe boa leitura, mas antes que saísse ouviu a voz de Hildebrando:
-- Por gentileza, posso lhe fazer uma pergunta antes que se vá?
A psicóloga, surpresa respondeu:
-- Pode sim, imagina!
Hildebrando, meio vacilante, continuou:
-- Você é bonita assim mesmo ou fez cursinho?
A cantada boba do mendigo balançou a mente da psicóloga, deixando-a sem jeito, apesar de saber que era bonita. Sem saber como sair da sinuca de bico, desejou novamente boa leitura ao mendigo e antes que fechasse a porta, Hildebrando conseguiu retrucar novamente:
-- Doutora, se tiver em sua casa algum livro velho de Sigmundo Freud, Jean Piaget, Carl Jung – todos da área da psicologia – ou alguém da sociologia como Emile Durkhein, Mar Weber, Celso Furtado, por favor me traga.
Ali ele exibiu sua cultura decoreba e, é claro, impressionou muito aquela profissional. A psicóloga fechou a porta sem dizer sim ou não, pois não queria dar confiança aos pacientes. Já teve muitos problemas no passado por dar muita atenção e amor aos pacientes mais carentes. Infelizmente eles, às vezes confundem, ao verem uma linda mulher morena de olhos verdes, esguia lhe tratando com carinho. Ela já estava acostumada com galanteios de médicos a mendigos, dentro e fora do hospital, mas já estava vacinada.
Hildebrando voltou à leitura e após o almoço, tirou uma soneca a fim de recompor-se, já que estava sozinho no quarto. Acordou somente no horário do café, com um simpático “Olá” das enfermeiras, convidando-o a acordar-se para os medicamentos e tomar um nescauzinho. Enquanto tomava seu chocolate quente de hospital, chegou uma maca com um paciente todo quebrado. Seria um novo companheiro de quarto?..."

Este é um fragmento do livro Diário de Bordo da Kombi, escrito por Paulo Roberto de Souza que será publicado em breve.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Encontro em Fortaleza traz novas iniciativas para a Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social


O XIV Encontro Nacional do Colegiado dos Gestores Municipais de Assistência Social, ocorrido na semana passada, em Fortaleza, resultou em novas iniciativas a serem implantadas em Balneário Camboriú. Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento e Inclusão Social, Luiz Maraschin, e o diretor de Resgate Social, Paulo Roberto de Souza, participaram de oficinas e cursos e vieram com novo projeto para a cidade, a Busca Ativa.

Três caixas de livros didáticos trazidas do evento serão direcionadas para o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEAN), o Resgate Social, o Bolsa Família e o Fundo Rotativo do Bem Estar Social (Furbes). Com este material, os técnicos da secretaria farão uma reunião de apresentação deste novo sistema social.

“A Busca Ativa é uma nova modalidade para o departamento. Na reunião, realizaremos um seminário para otimizar nossos trabalhos. Com o novo sistema, Balneário Camboriú será mapeada na busca de locais como casas abandonadas e esconderijos de pessoas em situação de vulnerabilidade social”, explica Paulo Roberto de Souza, lembrando que no momento o departamento realiza apenas rondas pela cidade e depende de denúncias via telefonemas. A atuação será em conjunto com a Guarda Municipal.

Dentre as palestras, a Gestão Estratégica de Políticas Sociais foi abordada, além de curso sobre o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), outro objetivo a ser implantado na cidade. Durante o curso, os representantes apresentaram um vídeo institucional com o relato do trabalho humanitário desenvolvido por Balneário Camboriú desde janeiro de 2009. O Centro POP, que auxilia o abrigo e vivência de pessoas em vulnerabilidade, não implica em custo para o município e sua implementação faz parte das discussões na secretaria.

Oficinas do CRAS, do CREAS, do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) e do Programa Nacional de Enfrentamento ao Crack também fizeram parte do roteiro. O diretor agradeceu ao prefeito Edson Renato Dias, Piriquito, pelo apoio à viagem, que se baseia na busca do aprimoramento dos serviços prestados pelo poder público à comunidade. “Agora temos uma abordagem mais humanizada no departamento e, com o encontro, podemos obter uma visão mais focada nos problemas, pensando cada vez mais no cidadão”, finaliza o diretor.

Release Oficial Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú


sexta-feira, 23 de março de 2012

Resgate Social no XIV Encontro Nacional do CONGEMAS


Paulo Roberto de Souza, diretor do Resgate Social de Balneário Camboriú participou hoje do XIV Encontro Nacional do CONGEMAS, fazendo algumas reinvindicações sobre projetos deverão ser encaminhados ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Tereza Campello, que é ministra, reconheceu o trabalho desenvolvido pelo Departamento de Resgate Social do Município de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Paulo avaliou positivamente o encontro, já que foi um momento de troca de experiências que poderão contribuir para o trabalho desenvolvido pelo Departamento de Resgate Social junto a Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social.

Fonte para o release: Juciley Pereira Magalhães
CONGEMAS – Fortaleza CE

quinta-feira, 22 de março de 2012

Resgate Social em Fortaleza!



O Secretário de Desenvolvimento Social, Luiz Maraschin, juntamento com o Diretor de Resgate Social, Paulo Roberto de Souza, participam desde quarta-feira até sexta-feira, em Fortaleza - CE, do XIV Encontro Nacional dos Gestores Municipais de Assistência Social, que entre tantos temas serão abordados em
especial "O Atendimento à população em situação de rua, experiência que será levada aos municípios brasileiro, já que Balneário Camboriú é referência neste trabalho a nível de Brasil.
Paulo Roberto de Souza apresentará um vídeo onde relato o trabalho humanitário desenvolvimento pelo Departamento de Resgate Social desde janeiro de 2009.


Fonte: XlV Congemas Fortaleza Ceará

quarta-feira, 21 de março de 2012

Folhetim 2 - O mendigo e a Psicóloga



"...Pôs-se a pensar nos bons e velhos tempos em que foi mecânico de aeronaves, da vida de luxo que levara em hotéis mundo afora, sempre acompanhado de lindas aeromoças ou quando frequentava cabarés de luxo com colegas de bordo, que os aeronautas também frequentavam. Entre um trago e outro acabou caindo em tristeza, sem acreditar estar vivendo naquelas condições. Já podre de bêbado novamente, fechou a porta da lixeira e foi tirar mais uma soneca para ver se passava a amargura que sentia no peito, mesmo porque não tinha nada a fazer naquela manhã cinzenta de segunda-feira.
Durante o pesado sono, teve pesadelos de que diversas víboras entravam pelas frestas da porta da lixeira, vindo vagarosamente em direção a seu corpo. Acabou gritando e acordando, livrando-se da terrível trama que se armava contra ele dentro do pesadelo. Levantou e, com medo de ficar dentro da lixeira, decidiu dar uma volta, mesmo com a fina chuva que caía nos arredores do cemitério. Saiu para vagar pela cidade ainda zonzo e, num dos semáforos pelos quais passou, acabou sendo atropelado por um fusca 74 de um agricultor.
O motorista parou o carro uns vinte metros à frente e voltou andando para ver o estrago que havia feito no pobre homem sem noção. Chegando bem próximo, o caipira falou bem alto:
-- Tá tudo bem aí, meu véio?
Hildebrando olhou para o condutor, pronto a soltar um monte de impropérios, mas acabou desistindo ao perceber que o motorista era um pobre caipira que aparentava ser uma pessoa de bem. Então devolver ao caipira:
-- Ô véio, chama aí uma ambulância.
E assim foi feito, chamaram o socorro e o atropelado foi conduzido até o hospital. Após os procedimentos, Hildebrando foi encaminhado para o quarto número 104. O médico, após suturar os cortes do paciente, pediu aos enfermeiros que aplicassem glicose e soro e o deixassem em observação por, no mínimo, dois dias. Hildebrando passou a noite bem, reagiu bem à medicação e claro, estava contente por estar poder descansar em uma cama limpa e cheirosinha, com travesseiro e tudo o mais que uma pessoa de bem tem direito.
Foi acordado pelas enfermeiras logo cedo, com um simpático “Olá”. As enfermeiras comunicaram que as roupas de cama precisavam ser trocadas e perguntaram se ele gostaria de um banho. Como também fazia algum tempo que ele não se lavava, aceitou imediatamente a proposta e, auxiliado pelas enfermeiras, acabou tomando banho no pequeno box. Seu companheiro de quarto estava de alta e lhe ofereceu desodorante e um livro e, como iria ficar sozinho no leito, um livro seria benvindo.  O título na capa era algo como De Mendigo a Milionário, porém é difícil confirmar, já faz muitos anos.
Pois bem, após o café o paciente começou a ler o livro. Enquanto ainda lia, foi comunicado de que a psicóloga o visitaria, a fim de pegar alguns dados. Como não tinha família ou moradia fixa, ele acabou relaxando e voltando à leitura. Exatamente as 09h30min, a psicóloga entrou em seu quarto e ele tão concentrado no livro nem a percebeu. Foi quando ouviu uma voz feminina, ao longe dizendo “moço, moço”. Ele tirou os olhos das páginas e viu a sua frente uma mulher alta, linda e com voz meiga e suava, lhe desejando um cordial “bom dia”.
Ao ser questionado pela psicóloga sobre onde morava..."




Este é um fragmento do livro Diário de bordo da Kombi, que será lançado em breve.

terça-feira, 20 de março de 2012

Folhetim 1 - O Mendigo e a Psicóloga

"Hildebrando era um rapaz tranquilo, estava com trinta e dois anos e dizia ter muita “lenha pra queimar” ainda. Mas do jeito que andava levando a vida a tal lenha não iria durar muito. Ele ingeria muita cachaça e acabou se tornando um alcoólatra, mesmo negando a dependência como na maioria dos casos. Era mineiro de Guaxupé, mas vivia numa cidade do interior de São Paulo. Havia sido mecânico de duas extintas companhias aéreas, a Varig e a Vasp.Viajara pelo mundo inteiro consertando motores como o Boeing 737, Bufallo, Air-Bus, Bombardier.
Era um “crânio” no que fazia, porém acabou ficando desempregado e, além das dificuldades que passava começou a beber demais e se encontrava em forte vulnerabilidade social. Fora despejado da casa onde morava e o pouco que ainda possuía estava penhorado num boteco ao lado da delegacia de polícia. Seus poucos amigos ainda o chamavam de Meca, pelo bom mecânico que foi, e provava mostrando suas carteiras profissionais devidamente assinadas, e os passaportes carimbados mostrando suas passagens por vários países.
Acordou pela manhã e, ainda entorpecido pelo álcool da noite anterior, demorou um pouco para recobrar os sentidos. Foi examinando as paredes tentando lembrar-se onde havia dormido, reconhecendo o interior da lixeira próximo ao cemitério israelita da cidade. Meio trêmulo abriu a porta da lixeira e, antes de enxergar o tempo lá fora, aproveitou-se da claridade que incidia e enxergou uma garrafa de plástico de aguardente, daquelas bem xexelentas de R$1,99.
Olhou o tempo lá fora e viu que o mar não estava pra peixe, então resolveu tomar seu primeiro gole do dia. Olhando para o céu entre as nuvens escuras, avistou uma baita asa de prata, era assim que se referia às grandes aeronaves..."


Este é um fragmento do livro Diário de bordo da Kombi, que será lançado em breve.

sábado, 17 de março de 2012

4ª Ação Literária supera expectativas



A Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social efetuou nesta quinta-feira a entrega de quatro mil livros a 12 comunidades terapêuticas, através da 4ª Ação Literária. O evento aconteceu no estacionamento da secretaria, numa iniciativa do departamento de Resgate Social com parceria da Academia de Letras de Balneário Camboriú.
O vice-prefeito Claudio Fernando Dalvesco esteve presente representando o prefeito Edson Renato Dias, Piriquito. Lembrou do quanto a prefeitura se preocupa, além de obras, com o lado humano da população, demonstrando plena consciência sobre a influência que projetos como esse tem positivamente na vida das famílias.
O secretário Luiz Maraschin, também presente, comentou sobre o quanto um gesto simples como esse faz a diferença na vida das pessoas. Disse continuar com o objetivo de abastecer pequenas bibliotecas em centros de recuperação de dependentes químicos, e despertar o interesse pela leitura.
Receberam as doações entidades como a ONG Araucária, Associação de Deus Min. Atalaia, NAHAC, Certa, Viver Livre, Filhos de Israel, Lírios do Vale, Centro Educacional Nova Esperança, Redenção, Lar Betesda, entre outros.

quinta-feira, 15 de março de 2012

4ª Ação Literária acontece hoje na Secretaria de Inclusão Social em Balneário Camboriú


Hoje, a partir das 16h, a sede da Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social será o ponto de encontro da 4ª Ação Literária. Serão entregues 4 mil livros a 12 comunidades terapêuticas, numa parceria entre o Resgate Social e a Academia de Letras de Balneário Camboriú.Durante a Ação, os imortais da academia farão a entrega dos materiais arrecadados para representantes das comunidades que serão beneficiadas.
Paulo Roberto de Souza, diretor do Resgate Social de Balneário Camboriú nota o crescimento da campanha ano após ano. Diz ter começado a campanha com a distribuição de 1.200 livros, tendo conseguido triplicar este número. Claro, o objetivo sempre é incentivar o interesse pela leitura, e também mantém a ocupação nos centros de recuperação. Lembrando que o evento acontecerá na Secretaria de D. e Inclusão Social de Balneário Camboriú, localizada na rua 2.000, entre a Avenida Marginal e a Quarta Avenida.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Conselho Municipal Antidrogas elege nova diretoria


Conselho municipal antidrogas elege nova diretoria
O COMAD elegeu, na última semana, a nova diretoria do Conselho Municipal Antidrogas de Balneário Camboriú. A reunião que nomeou os novos representantes do município para os próximos dois anos foi realizada na sede da Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social, convocada pelo presidente Sérgio Valdir Souza.
Paulo Roberto de Souza, eleito por unanimidade englobou como presidente o grupo formado por Eloiza Weydmann do Npucleo Assistencial Humberto Campos, e Paula Pelizario Leão, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social.
A próxima reunião, marcada para o dia 20, decidirá o segundo secretário, já tendo como sugestão os conselheiros Deby Dengo, Jorge Carlos Schosser e Mary Ellen Barichello. Paulo, como presidente, esboçou sua animação com a nova diretoria do conselho, pretendendo colocar muitos projetos em prática, sendo um deles a Campanha de Prevenção às Drogas nas Escolas.

quinta-feira, 8 de março de 2012

O filme - Primeira parte do roteiro cinematográfico definida


Na última sexta-feira, 2 de março, foi feita mais uma reunião em Balneário Camboriú, para definir os últimos detalhes da primeira parte do roteiro cinematográfico, adaptação do livro “De Mendigo a Milionário” para o cinema.
A Roteirista chilena Milka Plaza e o ator e diretor do “Curtas Catarinenses” Julião Goulart, que estiveram presentes na reunião, definiriam os primeiros passos do filme, em meio a observações de Paulo Roberto de Souza, do cineasta e produtor da Trotamundos Films, Santiago Ramos, e do convidado especial Luiz Maraschin, ex-diretor de Migração do município de Balneário Camboriú e atual secretário de Desenvolvimento e Inclusão Social.
Paulo Roberto conta sobre a importância da presença do secretário e amigo Luiz Maraschin, já que o secretário conhece em detalhes todo o trabalho desenvolvido pelo departamento de Resgate Social na época em que Paulo morou nas ruas de Balneário Camboriú.
A produção cinematográfica, baseada no livro “De Mendigo a Milionário”, contará nas telas a incrível história de um homem vindo de uma abastada família de produtores de café do norte do Paraná, consumido pela dependência do álcool. O filme mostrará em detalhes, a vida e período de superação de um homem na luta contra o álcool. O filme pretende emocionar o público e conscientizá-los para o problema do consumo desenfreado do álcool.
Paulo Roberto, autor do livro que será adaptado para roteiro tem como desejo contribuir, através da exibição de sua história nos cinemas, para que as pessoas conheçam a luta contra o alcoolismo, mal que ceifa milhões de vidas todos os dias no mundo.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Resgate Social – Relatório temporada 2011/2012


O Resgate Social de Balneário Camboriú, vinculado a Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social, concluiu nesta última semana o relatório das atividades realizadas na temporada de verão 2011/2012. Os dados datam de 19 de dezembro de 2011 a 22 de fevereiro de 2012, quando finda o período de carnaval.
Conforme dados do mesmo período do ano passado, é possível notar uma queda de 10% no número de pessoas atendidas. Porém houve um aumento no número de pessoas encaminhadas para a Casa de Passagem do Migrante, bem como aos centros de recuperação de Drogas-Adictos. Também foram bastante solicitadas, durante esta temporada, passagens rodoviárias.
Paulo Roberto de Souza, diretor do departamento, ressalta que as passagens rodoviárias são fornecidas apenas às pessoas em situação de rua. É feita uma triagem para que o auxílio seja fornecido apenas a pessoas que realmente necessitem, não tendo recebido em outras temporadas.
Abaixo, segue a tabela de dados, fornecida pelo Departamento de Inclusão Social, da Prefeitura de Balneário Camboriú:



quinta-feira, 1 de março de 2012

Resgate Social recebe doações de roupas infantis


O departamento de Resgate Social da Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social recebeu no último fim de semana aproximadamente 1.200 peças de roupas infantis para crianças de zero a seis anos, doadas pelo empresário João Pedro Mafra da Farmácia Vid Farma, da cidade de Gaspar. 

As doações são provenientes do trabalho social realizado anualmente pelo farmacêutico, que preferencialmente encaminha as doações ao Resgate Social de Balneário Camboriú, por acreditar no trabalho da equipe da Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social. A parceria entre o Resgate Social e a Farmácia Vid Farma acontece desde 2009, sendo responsável por diversos encaminhamentos às entidades beneficentes do município, bem como nas campanhas desenvolvidas pela secretaria. 

Paulo Roberto de Souza, diretor do departamento de Resgate Social, ressalta ser muito importante o trabalho feito através de parcerias, pois amplia o número de entidades beneficiadas. “Agora, o nosso trabalho será de escolher cuidadosamente as entidades que serão beneficiadas com essas doações, principalmente por se tratar de roupas infantis”, concluiu Paulo Roberto. 

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Resgate Social de BC entrega equipamentos de proteção em Luis Alves


O departamento de Resgate Social de Balneário Camboriú entregou na última semana equipamentos de proteção individual para a empreiteira de Mão de Obra Maninho, em Luis Alves. Os equipamentos, contendo sapatos, macacão de lona, luvas, capacetes e capas de chuva, foram doados pelo Órgão de Gestão de Mão de Obra do Trabalho Portuário Avulso do Porto de Itajaí (OGMO). Também foram doados colchões e cobertores.
O material, antes de ser entregue no município, passou por processo de restauração na Casa de Passagem do Migrante, feito pelos migrantes acolhidos.  Tudo o que foi dado faz parte dos equipamentos de proteção individual necessária à prevenção de riscos, para que assegure a saúde física do trabalhador durante seus afazeres diários.
A Empreiteira de Mão de Obra Maninho auxilia e emprega pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente moradores de rua e dependentes químicos. Venildo Cardoso Ferreira, vulgo Maninho, principal nome do projeto, agradece ao município de Balneário Camboriú que através do departamento de Resgate Social fez a distribuição dos equipamentos. Diz ser de grande importância para a empreiteira, já que prezam pela segurança e melhor desempenho do trabalho.
Paulo Roberto de Souza, diretor do Resgate Social, acredita ser positiva a parceria com a OGMO, que já vem acontecendo desde 2010. “Nosso trabalho é repassar o material para as entidades que mais necessitam desse tipo de equipamento. Só temos a agradecer ao Maninho pelo esforço em resgatar pessoas envolvidas com todos os tipos de drogadição”, ressaltou Paulo Roberto.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Um samba enredo aqui, um revolver apontado ali


"...Na União da Ilha, como membro fundador, fui convidado a ser candidato a presidente. A escola estava quebrada, sem diretoria, sem sede, sem instrumentos e sem batuqueiros. Na campanha à presidência da Escola, eu prometia dar jeito em tudo, instrumentos, fantasias, apitador, sede para ensaios; também tive que concorrer contra três chapas e, em um acordo de última hora com os integrantes da velha-guarda de outros carnavais da Ilha, surpreendi e fui eleito por uma esmagadora maioria. Na minha gestão, inaugurei um novo método de administração, parti para parcerias, o que na época era tido como temerário, e embarquei para o Rio de Janeiro em busca de apoio e patrocínio.
No Rio, entrei em contato com a Diretoria da legítima União da Ilha e fui ajudado pelo carnavalesco da escola que me cedeu quatro caixas de papelão (usadas para embalar geladeiras) cheias de fantasias usadas que, para nós, se tornaram o luxo. Durante uma reunião da associação dos moradores, conheci um deputado federal que, em pouca conversa, se colocou à disposição da escola e, precisamente, dos instrumentos.
A diretoria ficou empolgada e eu, aproveitando esse momento, fiz uma reunião com os candidatos derrotados, aos quais pedi apoio. Eles abraçaram a nossa causa, que era surpreender a cidade com o maior número de integrantes, maior bateria, melhor rainha... Tudo teria que ser melhor. Na verdade, eu estava vendendo ilusões para aquelas pessoas e também tinha medo de não dar certo.
Com minha exposição, a Chamber Junior International, me convocou para ser um dos fundadores da Câmara Junior, que era uma entidade internacional que dava cursos de normas parlamentares para as novas lideranças; com o meu envolvimento nessas frentes, logo me filiaram a um partido político (meu ego estava a mil), o PL.
Com a chegada dos instrumentos, nós começamos a dar início aos ensaios em um campo à beira mar, onde havia a sede de um clube de futebol que nos foi concedido em regime de comodato. Os ensaios começaram a pegar fogo, e a imprensa começou a participar. Logo fomos parar no noticiário regional através de uma afiliada da Rede Globo. Em um animado ensaio, fomos contatados pelo presidente da federação das escolas de samba do estado, pedindo que três ou quatro carros alegóricos fossem reservados para a tal federação. Inclusive, quem viria desfilar era a Miss Paraná, outras beldades e uns travestis famosos da capital e, eles pagariam a conta. Nada mal!
Os moradores da Ilha dos Valadares tinham que fazer a travessia de barco para a cidade. Eu via o sofrimento dos trabalhadores que eram forçados a fazer essa travessia de lancha ou de bateira. Existia um antigo sonho de se construir uma ponte que ligaria a Ilha ao continente. Em um concurso de samba enredo, fui um dos autores da letra que versava sobre o tema, que dizia assim:

O sonho se tornou realidade:

O sonho se tornou realidade, será que agora eu serei feliz...
Será que os Valadares reinará num mar de rosas e felicidades...?
Se a vida será melhor com a ponte...? só o futuro dirá!
Pescador joga a rede no mar... é carnaval, vamos todos sambar!
E olha eu, olha eu aqui de novo, me uno ao povo no batuque da “União”
Será oh! Será! Que a liberdade acabará!
Borboleta, fauna e flora
Manguezais e riquezas mil!
Tudo é ecologia, é patrimônio do Brasil
Vamos lá minha gente... o sonho se tornou realidade...

Gravamos o samba enredo numa fita cassete e mandamos para as emissoras de rádio, que passaram a executar todas as letras de todas as escolas. Era um carnaval concorrido. A Prefeitura liberou um enorme galpão na cidade para a construção dos carros e das alegorias. Conseguimos aprontar doze carros em tempo recorde. A Escola cresceu por si própria. Em pouco tempo, tornou-se grande e eu era o presidente e era um louco. Não sabia que era doente alcoólico, mas, apesar de tudo, as coisas estavam dando certo.
Todas as noites, eu e a diretoria fazíamos um esquenta[1] na Rosa dos Ventos e, depois, seguíamos para o ensaio, eu, os seguranças e a “tropa de choque.” Atravessávamos a Ilha toda a pé, até chegar ao local e, quando chegávamos, o apitador parava o ensaio e anunciava a minha presença e dos meus convidados daquela noite. Com a minha chegada (eu me sentia muito orgulhoso e pegava na mão de quase todo mundo, conhecidos ou não, e pedia apoio) era providenciada a bebida da bateria. Muitas vezes, a bebida era patrocinada por mim e, outras vezes, pelos seguranças que, na verdade, eram estivadores e trabalhavam comigo, mas não ganhavam nada. Pelo contrario, investiam em mim, cuidavam da minha imagem. Eram camaradas das horas boas e ruins. Eles eram o meu staff.
No dia do ensaio geral dei uma entrevista pra tevê desafiando qualquer escola a apresentar um carnaval mais bonito que o nosso. Eu estava com bala na agulha[2] e provocando as outras escolas, porque entendia que carnaval era rivalidade. Usei o espaço que a mídia estava nos dando naquele momento único, em rede estadual, para dizer que a escola de samba estava vindo para a avenida para sangrar-se campeã.
E lá fomos para a avenida, no sábado à noite. Eu morava na Ilha, mas o desfile de Carnaval era no continente. De tão petulante que eu estava, resolvi alugar um enorme quarto de um hotel, bem perto da avenida, para ficar a sós com o meu “staff” e saber das últimas novidades de outras escolas, como que eles também queriam saber das nossas! Nossa escola foi a penúltima a entrar na avenida, onde fomos recebidos pelo Rei Momo que, num particular, me confidenciou que nossa escola era provavelmente a campeã, pois as outras estavam fraquinhas. Na verdade, ele estava me dando aquele último gás.
Com a forcinha do Rei Momo, a euforia tomou conta de mim. De tanta alegria, comecei a beber descontroladamente. Quando chegamos próximos ao palanque das autoridades, meus seguranças me passaram um lenço dobrado, com cocaína dentro. Eu fingia que ia assoar o nariz e cheirava o pó. Depois, enxugava o suor e devolvia o lenço para ser trocado por outro “preparado.”
Defronte ao palanque do prefeito, com a cara cheia de manguaça e com a cabeça trincada pelo pó, dei uma entrevista ao vivo,em rede estadual agradecendo a todos, que confiaram na minha venda de ilusões, porque a partir daí fui ter noção que o carnaval é uma indústria sem chaminé.
Minha mãe, de casa, me assistiu ao vivo pela rede de televisão estadual. Disse-me dias depois que eu estaria fazendo apologia ao Satanás (segundo ela). A Liga das escolas de samba nos entregou o regulamento. Entre as cláusulas, uma dizia que travesti não poderia sair na comissão de frente e, justamente, a maior escola infringira o regulamento. Como a nossa escola era a segunda maior, fui instigado pelos outros presidentes a entrar com uma representação contra essa escola e entrei...
No dia da apuração do resultado, o presidente dessa escola, estava na porta do ginásio me esperando, armado com um revólver calibre 32. Meus seguranças já estavam lá dentro me aguardando.Tinha ido sozinho comprar pipocas,na entrada,fui abordado pelo tal presidente que me disse: - Ou você tira essa representação contra a minha escola ou eu te mato.
           Adivinhem o que eu fiz?..." 

Querem saber o que Paulo fez???? Comprem o livro De Mendigo a milionário, entrem em contato com a gente em nosso blog, ou pelo facebook. Indicaremos a melhor forma de adquirir seu exemplar do livro. Não percam tempo, já já está saindo o Diário de Bordo da Kombi, baseado em acontecimentos durante os plantões e rondas do Resgate Social de Balneário Camboriú

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Secretaria de Assistência Social de Brusque visita Resgate Social de BC


Representantes dos Centros de Referência e Assistência Social (CRAS/CREAS), da Secretaria de Assistência Social de Brusque visitaram o departamento de Resgate Social, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social de Balneário Camboriú nesta última quarta-feira, dia 15.
O motivo da vinda da equipe para Balneário Camboriú foi a intenção em conhecer o trabalho, que já se tornou referência em outros municípios, desde as formas humanitárias de abordagem até o encaminhamento de dependentes químicos e alcoólicos aos centros de recuperação. Também tencionam ver como são feitas as reinserções dos moradores de rua no mercado de trabalho.
A coordenadora do CREAS, Edileuza Pavesi pretende desenvolver um trabalho semelhante em Brusque, que ainda não existe.  Não com essa amplitude que tem o Resgate Social em Balneário Camboriú, que aborda, resgata e encaminha pessoas em situação de vulnerabilidade social para tratamento, e os motiva a retornar ao convívio social através do trabalho.
Paulo Roberto de Souza, diretor do Resgate Social, acredita que esta visita assim como as anteriores é resultado de um trabalho social realizado pela prefeitura de Balneário Camboriú.  “Para nós é uma satisfação poder colaborar com a cidade de Brusque, como com os demais municípios, principalmente em um trabalho que busca pela reinserção de pessoas em situação de rua”, enfatizou Paulo Roberto. 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Camboriú usa Resgate Social de Balneário Camboriú como exemplo para projeto


Representantes da Igreja Evangélica Ministério dos Atalaias, de Camboriú,  visitaram neste último dia 10 o departamento de Resgate Social da Prefeitura de Balneário Camboriú, a fim de conhecer o trabalho que é desenvolvido dentro do município. O objetivo da igreja é trazer o projeto de acolhimento a dependentes químicos, alcoólicos e moradores de rua para a cidade, ideia já posta em prática pelo Resgate Social de BC desde 2009.
O encontro com os representantes aconteceu na Casa de Passagem do Migrante, localizada no bairro Várzea do Ranchinho, próximo a BR-101. Na Casa são ofertados aos moradores de rua os benefícios do banho, refeições, roupas e pouso temporários, bem como a ajuda a quem deseja reinserir-se no mercado de trabalho.
Paulo Roberto de Souza, diretor do Resgate Social de Balneário Camboriú, acredita que o encontro tenha sido muito positivo, reafirmando o trabalho bem feito de sua equipe, incentivando também o trabalho social em outros municípios da região. “Para nós que trabalhamos nas ruas e conhecemos a realidade destas pessoas, a criação desse albergue servirá também de apoio ao nosso trabalho, e sendo assim nos comprometeremos em encaminhas doações excedentes ao futuro albergue, além de repassar todo o conhecimento necessário para o sucesso do programa”, finaliza Paulo.
Nesta semana, departamento de Resgate Social receberá a visita de integrantes do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Brusque. O município também vem em busca do mesmo objetivo, conhecimento e passos iniciais para a implantação de um serviço semelhante ao que já ocorre em Balneário Camboriú.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

De Mendigo a Milionário no cinema: assinatura de contrato para produção de roteiro



A conturbada história de Paulo Roberto de Souza escrita no seu livro autobiográfico “De Mendigo a Milionário”, está a um passo de ir parar nas telonas, tanto do cinema quanto da televisão. O livro, que será roteirizado pela chilena Milka Plaza, conta a história de um homem nascido numa abastada família de produtores de café no norte do Paraná, consumido pela dependência do álcool.

Na última sexta feira, três de fevereiro, foi realizada em Balneário Camboriú a reunião para assinatura do contrato com a roteirista Milka Plaza e também com o ator e diretor do “Curtas Catarinenses”, Julião Goulart, para a produção do roteiro cinematográfico de adaptação do livro autobiográfico de Paulo, “De Mendigo a Milionário”.

A produção cinematográfica contará em detalhes a incrível história de superação de um homem com dependência alcoólica desde sua infância, exposto à derrocada do império cafeicultor de sua família. O filme apresentará cenas fortes e detalhadas, que mexerão com o emocional do público, a ponto de polemizar a sociedade mundial na luta contra o alcoolismo.

“Agora Santa Catarina terá um filme para representá-la em grandes festivais Internacionais de Cinema. Fazer um filme fora do eixo Rio/São Paulo é muito difícil, porém não é impossível”, é o que diz Paulo Roberto de Souza, empolgado com o andamento positivo das produções.




Michely Looz
Assessoria em comunicação para mídias


Texto baseado em release da Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Kombi do Resgate Social ganha nova plotagem


A Kombi, utilizada pelo Departamento de Resgate Social para resgatar pessoas em estado de vulnerabilidade nas ruas de Balneário Camboriú recebeu nova plotagem em sua lataria nos últimos dias. A nova plotagem mostra um pouco do trabalho realizado pelos fiscais do departamento e, segundo Paulo Roberto de Souza, diretor do Resgate Social, a reforma no veículo dá mais visibilidade ao serviço.

Para Paulo, o Resgate Social tem como intenção “acabar com a falta de tranquilidade na cidade”, portanto é de muita importância que a comunidade e os turistas colaborem com informações para que o trabalho seja feito com mais rapidez. E claro, a grande sacada de Paulo foi tornar a Kombi mais visível e lembrada, para que as pessoas saibam que tem a quem recorrer em casos que dizem respeito a vulnerabilidade social.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Resgate Social realizou almoço de confraternização de fim de ano


No fim do mês de janeiro, o Resgate Social, programa da Prefeitura de Balneário Camboriú, se reuniu com sua equipe técnica, amigos, autoridades e imprensa para um almoço de confraternização. O diretor da Guarda Municipal, Adélcio Bernadino, mostrou-se satisfeito com a parceira entre Resgate Social e Guarda Municipal, que juntos fazem um lindo trabalho que resulta em manter a ordem pública, mas principalmente ajudando pessoas em vulnerabilidade social.
O vice-prefeito Cláudio Fernando Dalvesco parabenizou a equipe pelo excelente trabalho realizado pela equipe em Balneário Camboriú em 2011. “É muito bom reunir-se com os amigos e, sobretudo, com as pessoas que nos ajudam no dia a dia. Esta equipe resgata vidas, isso é maravilhoso”, comentou Dalvesco.
Paulo Roberto de Souza, diretor do Resgate Social demonstrou satisfação com a presença de todos os colaboradores e amigos. “Em nome do departamento do Resgate Social, quero aqui expressar a satisfação de estarmos reunidos para comemorarmos mais um ano de muita luta e de grandes conquistas, pois o nosso sucesso deve-se principalmente à dedicação e ao empenho de cada um de vocês”, destacou Paulo.
Findando o encontro, o secretário de Desenv. E Inclusão Social, Luiz Maraschin, falou de sua satisfação com a atual equipe de trabalho, agradecendo pelo desempenho e dedicação durante todo o ano, bem como pela responsabilidade, seriedade e compromisso com que lidaram com o cidadão, atendendo muito bem a cidade. 


Michely Looz
Assessoria em comunicação para mídias

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Casa de passagem passa de 10 mil atendimentos e ganha reforma



Olá queridos leitores do blog. Viemos com duas quentíssimas para vocês, como sempre é claro. A Casa de Passagem do Migrante já comentada aqui no blog atingiu 10.714 atendimentos no fim de 2011, tudo isso em três anos. A Casa de Passagem é um subsetor do Departamento de Resgate Social de Balneário Camboriú, presta serviço aos moradores de rua em grave situação de abandono social.
A Casa é referência para municípios vizinhos, bem como de outros estados do país. Oferece alimento, banho, troca de roupas, encaminhamento para comunidades terapêuticas e retorno com fornecimento de passagens rodoviárias à cidade de origem. Além do auxílio básico fornecido, também possui profissionais da área da assistência social, psicologia, jurídica e pedagógica para acompanhamento e encaminhamento dos casos.
O local recebeu reforma de armários, novos colchões, pintura nas paredes, bem como reforma nos banheiros e cozinha. Reformas também foram feitas nos criadouros de aves, na piscina de carpas e no plantio de hortaliças. A biblioteca, com livros e revistas cedidas pela Campanha Ação Literária, desenvolvida pelo Resgate Social, recebeu novos exemplares.
O secretário de Desenvolvimento e Inclusão Social, Luiz Maraschin acredita no êxito do trabalho feito pelo Resgate Social junto com a Casa de Passagem. “A intenção da Prefeitura de Balneário Camboriú é prestar atendimento a esta parcela da população sem assistência, proporcionando uma vida digna e contribuindo na reinserção social”, ressalta o secretário. Todas as pessoas que passam pela casa recebem acompanhamento e encaminhamento na tentativa de reinserção no núcleo familiar e de recolocação baseada na oferta de emprego.